Escrever é um ato delicado. Fazia tempo que me despunha a parar em frente ao computador disposta a isso. Requer tanto tempo, paciência, não é tão simples quanto parece e além de tudo é preciso algo que vale a pena mesmo falar. Antes, eu escrevia tanto, tinha o prazer de parar e tecer as linhas de um texto como se fosse um bordado. Eu só queria falar dessa coisa de gostar. Eu só queria e quis - muito quis - acreditar que, sobre algo tão simples e tão essencial, naturalmente, eu pudesse livremente falar. E há quem diga que eu já falei demais, que eu já quis demais e já pedi e escrevi demais.
Durante um tempo perdi esse gosto de escrever, de parar e ler, dessa coisa de gostar e acreditar que há algo ou alguém valhia mesmo a pena relatar e passei a acreditar que guardar e enlouquecer sozinha era mais vantajoso do que se expor, mesmo que por quebra-cabeças e entrelinhas.
Mesmo desafiando de que já sorri demais, por ventura ou infelicidade, dizer que muito, também, um dia, já chorei. Era tudo escrito, mas até então não era mais.
Perdoem o silêncio, o sono, a rispidez, a solidão, tenho medo de ter desaprendido o jeito. É muito difícil ficar adulto. Parece que perdi a prática; até mesmo dessa coisa de gostar.
Foi então que ele cruzou as linhas, de uma forma que eu jamais poderia descrever assim de primeira, me trouxe com ele aquela coisa de acreditar nas pessoas de novo, me fazendo relembrar o que era se encantar por alguém. Como se nos conhecêssemos há anos, poderia resumir assim.
Talvez, afinal, eu devesse começar a acreditar em milagres.
Como melhores amigos nos tratávamos acima de qualquer coisa, ele não era uma pessoa comum, isso eu soube desde que o vi. Foi quando eu senti uma vontade imensa de escrever pra ele.
E que gostar dele, não tinha mesmo saída.
segunda-feira, 12 de março de 2012
sábado, 7 de janeiro de 2012
Ser mulher é uma arte. Eu adimiro e bato palma pra vocês que carregam mil dores no coração com um sorriso no rosto. Vocês que mesmo com tudo desandando, mesmo sem saber pra onde ir ou o que fazer, continuam andando por aí, de salto alto e maquiadas. Eu acho incrível as técnicas, a loucura, as neuroses, esse lado psicopata que a gente tem. Essa coisa de fuxicar todas as redes sociais, descobrir tudo e esperar o momento certo de falar. A resistência de ser feliz o dia todo e só chorar antes de dormir. Essa natureza de perdoar, de confiar, se entregar. Esse amor por tudo, que mesmo quando tentamos disfarçar, continua ali. Essa fragilidade e força, coexistindo, contrariando leis de física, leis dos homens. Acho lindo os planos de vingança, esperando só um pedido sincero de desculpas pra serem cancelados. Parabéns pra você que já fez tanto menino crescer por aí, mesmo que isso te custasse uma cicatriz a mais no coração. Pra você que tem TPM, mil problemas, mas tá sempre ali pra cuidar do mundo. Eu sou mulher, pode parecer suspeito, mas sinceramente? Vocês são mulheres-maravilhas sim.
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
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