Não gosto de quem posa de inteligente, culto e letrado. Mesmo porque por mais inteligente, culto e letrado que você seja, cá pra nós, tenho certeza que vez ou outra passa os olhos na Contigo. Ou em qualquer site fofoqueiro. Ou na coluna social. Ou no Faustão. Ou no Big Brother. Além disso, não acho que assistir baboseiras seja atestado de inteligência e/ou esperteza. Eu, por exemplo, vejo o Big Brother pra rir. Leio livros que os mais intelectualizados (?) condenam para relaxar, me divertir, esquecer um pouco as asperezas da vida. A verdade é que tem muita gente fazendo pose por aí, mas lá no fundo adora ouvir uma música brega. Mas esse já é outro assunto. Hoje eu quero falar da Maria.
Sabe a Maria do Big Brother? A Maria, aquela que teve um rápido affair com o nada-bonito-Maurício. Maria, aquela que depois que o nada-bonito saiu da casa arrastou asa para o Wesley. Maria, que depois que o Maurício voltou pra casa se arrependeu. Maria, aquela que bebe e mostra a bunda na televisão. Maria, aquela que diz Maurício-gosto-de-você baixinho no ouvido. Maria, aquela que perde o foco, a noção, o norte, o jeito, o gesto. Maria, aquela que esquece a dignidade no fundo do copo. Maria, aquela que ataca o cara, chora pelo cara, quer de todo o jeito beijar o cara, é louca pelo cara, tarada, maníaca, doente. Pois bem, essa é Maria. Maria, que já foi uma das Felinas. Maria que, diz a lenda, já fez uns bicos na profissão mais antiga do mundo.
Não me importo com o passado da Maria. E eu digo: gosto da Maria, pois o que importa é o que a Maria representa, o que a Maria é, o que a Maria nos faz ver. Eu me enxergo na Maria. Eu enxergo muitas mulheres na Maria. E eu repito Maria-Maria-Maria. A Maria representa nossas lágrimas, nosso rímel borrado, nossos porres, nossas ligações na madrugada, nossos fiascos, nossas insanidades. A Maria representa aquela mulher que já perdeu a cabeça e o juízo por causa de um homem. A Maria é aquele comportamento que você teve sábado passado quando, bêbada e ofendida, mandou 34 mensagens para o celular do ex-namorado. A Maria sou eu há 5 anos atrás, que corria atrás de um cara que me fazia de gato e sapato.
Maria é aquela moça que insiste em manter uma relação com um cara que tem namorada. Maria é aquela que gosta, tem uma inocência no peito, uma ilusão na boca, uma incoerência no olhar. Maria é aquela que acredita em palavras, se apega e quer ir até o fim. Maria é aquela que acha que o passado dita a moda do presente. Maria é aquela que não pensa antes de falar - e age como dá na telha. Maria é impulsividade, calor, vontade. Maria é a falta de vergonha em se expor.
A Maria, minha amiga, é a inimiga íntima de toda mulher
Clarissa Corrêa
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Eu, Emilly, concordo plenamente em gênero, número e grau, achei perfeito esse texto sobre a Maria do BBB, serviu como inspiração para o Bial na hora da eliminação, o texto está na íntegra, depois vou procurar o texto na releitura do próprio Bial que é magnifíco também.Tal aponta claramente a questão do preconceito e rótulos estipulados por nós mesmo, quando na verdade cada um tem um pouco daquilo que é exposto evidentemente (essa é a única diferença). Cada um tem um pouco de Maria, cada um tem um ponto de loucura, de sentimento, de sensualidade, de perversidade, de puta, de piranha, como quiser dizer, seja em qualquer concepção mais eufemisada, mais culta do termo, sempre chega no mais (considerado) chulo, no mais feio, que é presente em todos nós.
"Acho engraçado quem fala mal da Maria. Você, por acaso, nunca se humilhou por causa de um cara? Você, por acaso, nunca foi super sincera e disse tudo que seu coração achava que devia? Você, por acaso, não deixou as palavras se perderem entre os dentes, língua e saliva? Eu já. Por sinal, faço isso o tempo todo. Admiro Maria porque ela é sincera. Maria não tem vergonha de ser ela mesma, de se arrepender. Maria faz o que tem vontade e depois pensa no que fez. Maria é puro impulso, sinceridade solta. Maria é gente de verdade. E sem prazo de validade."
Eu, Emilly, concordo plenamente em gênero, número e grau, achei perfeito esse texto sobre a Maria do BBB, serviu como inspiração para o Bial na hora da eliminação, o texto está na íntegra, depois vou procurar o texto na releitura do próprio Bial que é magnifíco também.Tal aponta claramente a questão do preconceito e rótulos estipulados por nós mesmo, quando na verdade cada um tem um pouco daquilo que é exposto evidentemente (essa é a única diferença). Cada um tem um pouco de Maria, cada um tem um ponto de loucura, de sentimento, de sensualidade, de perversidade, de puta, de piranha, como quiser dizer, seja em qualquer concepção mais eufemisada, mais culta do termo, sempre chega no mais (considerado) chulo, no mais feio, que é presente em todos nós.
"Acho engraçado quem fala mal da Maria. Você, por acaso, nunca se humilhou por causa de um cara? Você, por acaso, nunca foi super sincera e disse tudo que seu coração achava que devia? Você, por acaso, não deixou as palavras se perderem entre os dentes, língua e saliva? Eu já. Por sinal, faço isso o tempo todo. Admiro Maria porque ela é sincera. Maria não tem vergonha de ser ela mesma, de se arrepender. Maria faz o que tem vontade e depois pensa no que fez. Maria é puro impulso, sinceridade solta. Maria é gente de verdade. E sem prazo de validade."




