quinta-feira, 30 de junho de 2011

Sem paciência

Que seja feita a vontade do que estar por vir, porque o imprevisto não me exige espera.

domingo, 26 de junho de 2011

Exatos sessenta minutos

Até parece mentira. Acordei pela manhã para conseguir dar conta de tudo e assim quem sabe chegar lá o mais pontual possível. A viagem durou um pouco mais que meia hora e chegando lá ao meio dia de uma tarde de terça, pelo incrível que pareça, antes da hora marcada.
Achei tudo muito bonito. Desde o "Oi" com sotaque argentino até os detalhes todo, daquele ambiente que parecia muito comigo. As cores, os flashs, as lentes, imagens, fatos e fotos. A conversa quase que sem pausas deu-se por imediato, desde a subida pelas escadas. Parecíamos muito amigos. Pegou minha bolsa para que eu não subisse com peso, e eu, tão acostumada a me virar sozinha com as minhas coisas, fiquei surpreendida até para agradecer aquela pequena bonita gentileza. Que não foi a única, durante todas aquelas horas do dia que passamos. Eu o entrevistava interessada, ele também (perguntas normais do seu trabalho) e nas frases, embutia discretos elogios, e eu agradecia, achando tudo uma graça.
Logo depois chegou ela, que pelo telefone me prometera - mesmo estando tão ocupada aquele dia - que não me deixaria sozinha. Nem nos conhecíamos. Trocamos apenas algumas palavras pelo telefone - e já me dera de presente uma frase tão amiga. Distribuiria milhões de predicados aos dois, assim mesmo tão precoce -como se precisasse mesmo de afinidade e não de tempo, de aproximação e não de normas para se gostar de outra pessoa.
Ai me pego no texto que acabei por escrever esses dias, dessa coisa de destino e como a vida cruza os caminhos nos outros assim tão bem combinado. E olha que coisa, no meio da noite de ontem, recebi uma mensagem de um amigo que conheci uma noite na Lapa. Argentino também. Por horas ficamos jogando conversa à fora na mesa de uma barzinho, perto dos arcos. Também, tão gentil. (Parece que é de caráter comum da nacionalidade). Porém as coincidências não terminaram por ai - além de argentinos, uns amores e de conhece-los meio que assim, por acaso - os dois eram amigos! Parece até mentira, contando assim. Fiquei impressionada com a notícia na mensagem. Havia mais de um mês que não nos falávamos. Fiquei pensando como o mundo é tão pequeno. E as linhas parecem ser tão curtas que os caminhos se esbarram assim, tão facilmente.
Combinamos de nos encontrar os três, qualquer dia desses de um final de semana, todo amável disse que queria preparar algo bom para comer e bebida para nos receber e jogar conversa à fora, e marcamos assim sem hora e dia marcados também. Não que não será combinado, mas é que as ordens não tem mesmo hora certa para ser seguida ou cumprida, mesmo. A vida é um cálculo aproximado, e essa indeterminação nos leva a qualquer lugar e a se alcançar qualquer coisa. Coisa qualquer talvez além e acima de qualquer outra.
E como é engraçado essas coincidências, acasos e fatalidades, parece que a vida gosta mesmo dessa coisa sincronia. Só espera o momento certo para juntar tudo - por ser o momento a nos aguardar e não nós a aguardarmos o momento - e tudo acontece assim na hora certa por algum motivo, o quanto antes - na hora marcada, pelo incrível que pareça, que contando assim até parece mentira.


terça-feira, 21 de junho de 2011

Enlace

Um laço de fita vermelha desata. No final da fita tem uma ponta que se une a outra simplesmente. E tudo que é simples sobrevive meio que por meios, e se agarram meio que por liberdade - bem ou mal assim; num enleio. Nada é eterno e o laço nem sempre resiste - para sempre há de se precisar de dedos; dedos fortes, pacientes e calmos. E para todo o sempre há de se precisar. E mais do aquilo que enfeita, um laço torna tudo aquilo que amarra mais bonito. Mais que por acaso do que destino, um dedo sempre sabe como dar ou refazer um laço.

Uma fita, nada mais é do que linhas emaranhadas. E resiste, por meio de comunicação entre dois pontos. E as linhas, às vezes - mais por destino do que por acaso - se embaraçam uma nas outras, e os caminhos se cruzam assim - uma ponta oposta a outra, demarcada por dois lados de um jogo no sentido do comprimento que se cruza e se une. E assim como num jogo - procuram azar ou sorte.
E eis a graça de contar com tudo aquilo que não é preciso, como um jogo de azar que se conta com a sorte, mais por acaso do que destino, de tudo aquilo que não é preciso - a vontade de serem um só, enlaçados.

Nem todo nó se faz um laço. Mas no começo de todo laço há um nó que une uma coisa qualquer a outra, pela ponta. Numa combinação de circunstâncias ou de acontecimentos que se prende. Por azar ou sorte; Fita de acasos e destinos, que se amarram por um laço.
Eternamente há de se precisar de dedos. Para daqui pro futuro há de se precisar. O laço desata, por bem ou por mal e às vezes acaba sempre que começa; porque nunca termina - pois em todo laço há um nó que segura e não cede, e os espaços se preenchem uns nos outros, e os caminhos se esbarram assim - mais por destino do que por acaso.

domingo, 19 de junho de 2011

todo dia:

Sorria! :)

"Algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam, a gente sabe, bem no fundo, que foram feitas pra um dia dar certo.”  Caio Fernando Abreu 

sábado, 4 de junho de 2011

Deve ser um dom. Meu, esse de te acostumar mal. Seu, - de tornar fácil a tradução dos meus signos em letra. Esse teu que me acostuma mal também.
Que mania feia, de achar bonito meu riso sem graça, que fica sem jeito sobre a tua vigia quieta e adocicada. Que me deixa sem saber e a me perguntar o que acontece comigo.
No meio dos meus vícios, mais um se rompe. Eu que já me detenho de dizer alguma coisa por defesa, deixo meu silêncio prestes a me deixar desarmada qualquer hora dessas que se aproximam. Daí você me fala tanta coisa ou me olha tanta coisa e me decifra, que eu fico sem nada saber dizer e sem nada saber sentir, sobre mim ou sobre você.
E eu me cedo aos teus vícios, sobre teu riso desavergonhado, resultado de uma unica soma: eu, você e o que não se explica; o que não se complica quando virado do avesso.

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