Deve ser um dom. Meu, esse de te acostumar mal. Seu, - de tornar fácil a tradução dos meus signos em letra. Esse teu que me acostuma mal também.
Que mania feia, de achar bonito meu riso sem graça, que fica sem jeito sobre a tua vigia quieta e adocicada. Que me deixa sem saber e a me perguntar o que acontece comigo.
No meio dos meus vícios, mais um se rompe. Eu que já me detenho de dizer alguma coisa por defesa, deixo meu silêncio prestes a me deixar desarmada qualquer hora dessas que se aproximam. Daí você me fala tanta coisa ou me olha tanta coisa e me decifra, que eu fico sem nada saber dizer e sem nada saber sentir, sobre mim ou sobre você.
E eu me cedo aos teus vícios, sobre teu riso desavergonhado, resultado de uma unica soma: eu, você e o que não se explica; o que não se complica quando virado do avesso.

Nenhum comentário:
Postar um comentário